Marina Colasanti, referindo-se à Bahrone, diz que ele é uma estátua por fora e poeta por dentro, que suas estátuas variam, mas o poeta ...
Marina Colasanti, referindo-se à Bahrone, diz que ele é uma estátua por fora e poeta por dentro, que suas estátuas variam, mas o poeta é sempre o mesmo. Esse poeta se manifesta quando alguém deposita dinheiro aos seus pés para, em troca, receber um poema. Nesta situação Bahrone desce do pedestal e, cheio de movimentos, recita Shakespeare, Drummmond, Quintana, Pessoa e outros. Marina diz que o ator pensa nessa imensa produção poética enquanto está imóvel: “trancado na estátua que escolheu, um poema atrás do outro fluem silenciosos debaixo da pele de bronze, da pele de prata, da pele de mármore ou ouro”.