"Os sete Jabutis que eu ganhei dão uma visão muito boa do meu trabalho. Tenho Jabutis de poesias, contos e juvenis. Eu só não ganhei J...
"Os sete Jabutis que eu ganhei dão uma visão muito boa do meu trabalho. Tenho Jabutis de poesias, contos e juvenis. Eu só não ganhei Jabuti sobre os trabalhos relativos a questões de gênero, que embora sejam menos literários que os outros, são mais autobiográficos e com um caráter político mais enfático"
"Penso que as redes sociais sejam um terreno pantanoso onde nunca sabemos onde estamos pisando exatamente. Há um elemento numérico, somos incentivados a interagir mais com o gosto coletivo e menos com o conteúdo veiculado"
"A leitura obrigatória precisa do professor para transformá-la em algo prazeroso, útil e isso só acontece enquanto um gesto de amor nesta produção de conhecimento conjunta. Se o professor não for apaixonado pelo que ensina, tudo vira uma chatice"
"A morte é mais inevitável do que a vida. A pessoa pode nascer ou não - há vidas que não acontecem - mas não há a possibilidade de um vivente não morrer. No entanto, as pessoas possuem pavor da morte. É melhor falar dela e vivê-la com maturidade. A nossa morte é só uma e a nossa vida vai sendo traçada entre tubas. Eu olho ao meu redor e há um grande cemitério. As pessoas morrem toda hora. Como não falar dela? Eu gosto de falar disso até com as crianças pois esta mitificação em torno da morte não é saudável para elas: é preciso falar que as pessoas morrem mas continuam vivas na lembrança, no afeto, na saudade. Se as crianças não considerarem a morte, como vão se preparar para este futuro inevitável?"
"Eu sei, mas não devia" não é um poema como aparece na internet. É uma crônica impressa. Quero dizer que eu não me acostumo com a mentira, a feiura, a falta de educação e respeito"
Fotos: Luiz Fernando Cervi