Aclamadas escritoras, escritores e representantes de movimento global em defesa da igualdade de gênero participaram na quinta-feira, 5 d...
Aclamadas escritoras, escritores e representantes de movimento global em defesa da igualdade de gênero participaram na quinta-feira, 5 de outubro, da terceira conferência do Palco da Compadecida, no Espaço Suassuna, da 16ª Jornada Nacional de Literatura. Participaram da mesa “Por elas: a arte canta a igualdade” autoras e autores contemporâneos como Conceição Evaristo, o argentino Federico Andahazi e Marina Colasanti, além do integrante do Comitê brasileiro do #Heforshe (ElesporElas), Edegar Pretto e do músico Thedy Corrêa.
“Se somos assim com arte, imagina sem arte”
Marina Colasanti, que já esteve na segunda edição Jornada, enfatizou que é uma “alegria estar de volta e ver a Jornada de volta”. Ao responder o questionamento de Alice, Marina ressaltou que gostaria muito de afirmar que a arte é extremamente modificadora, mas segundo ela, não é o que a história diz. Ela comentou que a arte modifica o ser humano e é uma necessidade vital do indivíduo. “Qualquer população do planeta tem arte e tem narrativa. Mas isso tem modificado aquele cerne sedento de poder, agressivo, que nos levas a guerras seguidas, a escravizar as pessoas, os animais. Esse cerne que produz arte contém ao mesmo tempo essa perversidade polimorfa. A arte melhora nosso cotidiano, nosso olhar, é um refúgio, mas o mundo não tem mudado como a gente gostaria. Quando olhamos a história é o mesmo sistema sempre”, ressaltou a escritora que afirma que isso não significa que o ser humano deve se afastar da arte, pelo contrário. “Se somos assim com arte, imagina sem arte”, observou Marina.
Publicado originalmente em: 16ª Jornada Literária