As autoras homenageadas Ana Maria Machado e Marina Colasanti conversaram na manhã desta sexta-feira (29/06) com os alunos das escolas de ...
As autoras homenageadas Ana Maria Machado e Marina Colasanti conversaram na manhã desta sexta-feira (29/06) com os alunos das escolas de Araxá e visitantes. Ao longo de todo Fliaraxá os autores tem tido oportunidade de encontros mais íntimos com os leitores e visitantes.
Ana lembrou sua trajetória. Falou das obras de sucesso como Bisa Bia, Bisa Bel; Alices e Ulisses; Camilão, o Comilão e Menina Bonita do Laço de Fita. Todas as obras foram inspiradas em momentos da vida dela, em especial, seus filhos. A escritora tem mais de cem livros traduzidos em mais de 20 idiomas.
“As ideias e a vontade de escrever sempre surgem no início do dia. Acontece em volta de quatro ou cinco da manhã. Ainda estou com sono, meio sonhando. E a inspiração nasce de lembranças, pequenas composições, vem aos poucos”, contou sobre o processo de criação.
“Eu não sei por quê, mas diferente da Ana Maria, a minha inspiração só vem a noite. Depois de um dia bem puxado, com afazeres e muita leitura, é nesse momento que eu relaxo”, revelou Marina Colasanti. A autora disse que não consegue se dedicar a apenas um gênero literário. “Preciso inovar, mudar. Preciso escrever contos, mini-contos, fábulas. Eu preciso de opções, não quero ficar saturada… Eu mudo de olhar e volto com novas motivações para aquilo que estava parado”.
Marina Colasanti tem mais de 40 livros publicados e mesmo assim conta que escrever está cada dia mais difícil. Segundo ela, ser mulher também é algo que dificulta a conquista de espaço. A autora homenageada diz que ainda existe uma supremacia masculina nos gêneros considerados nobres. “A disputa entre o romance e a literatura ainda se faz entre machos… e as mulheres? Bom, as mulheres que fiquem com a literatura infantil”, desabafou.