Marina Manda Lembranças O Prêmio Nobel da Paz de 23 foi concedido a Narges Mohammadi. Pudera, ela foi presa 13 vezes pelas forças iranianas...
Marina Manda Lembranças
Pudera, ela foi presa 13 vezes pelas forças iranianas e condenada cinco vezes a um total de 31 anos de prisão e a 154 chicotadas.
Mohammadi se apaixonou pelos direitos da mulheres quando ainda era jovem estudante de Física.
O caso vem depois de um ano de protestos no país liderados por mulheres e desencadeados a partir de Mahsa Amini, a jovem de 22 anos, que foi detida pela polícia da moralidade por não utilizar o hijab de forma adequada. Levada para uma delegacia, depois foi transferida para um hospital em coma e morreu três dias depois.
A morte de Mahsa provocou os maiores protestos, em anos, contra o governo, enfrentamentos entre os manifestantes e polícia espalhados por todo o país. Em resposta, o regime coordenou uma repressão, com centenas de mortos.
São duas mortas. Nika Shakarami, de 16 anos, desapareceu em Teerã, durante um protesto pela morte de Mahsa. Nika queimou seu hijab e cantou música de protesto junto com outros jovens. Disse em ligação a uma amiga, estar sendo seguida por policiais. Dias mais tarde, foi encontrada morta com esfoladuras. Os policiais disseram que ela havia sido atirada de prédio em obra pelos trabalhadores. A mãe de Nika declarou que os ferimentos no corpo da filha eram muito diferentes daqueles declarados pelas autoridades.
Há uma outra quase morta Armita Gevaland, de 16 anos. Armita ficou gravemente ferida após ser agredida pela polícia da moralidade em uma estação de metrô de Teerã, por não usar o hijab corretamente. A adolescente entrou em coma após sofrer as agressões e está internada no Hospital Fajr, sob altas medidas de segurança.
As autoridades negaram qualquer tratamento violento. A agência estatal Ima noticiou que Armita teria perdido a consciência, após uma queda no metrô. A mãe dela foi presa perto do hospital e levada a um local desconhecido.
A trajetória de Narges Mohammadi como uma das principais pessoas pelos direitos das mulheres no Irã. Atualmente mantida na prisão de Evin, em Teerã, é uma perseguição policial para silenciá-la.
Em 16 de setembro, ela e outras três prisioneiras queimaram os hijab no pátio da prisão, para marcar o aniversário da morte de Mahsa Amini.
Narges criticou a obrigação do usar o véu islâmico que cobre as cabeças das mulheres.
O ultraconservador Ebrahim Raisi assumiu o poder, mulheres iranianas foram às ruas e atearam fogo às vestes islâmicas obrigatórias para as mulheres, cantando o lema "mulher, vida, liberdade". No anúncio, a presidente do Comitê Nobel abriu a fala com as três palavras de ordem em farci, o idioma iraniano.