Marina Manda Lembranças A professora da faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Viviane Rubio, aponta...
Marina Manda Lembranças
A professora da faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Viviane Rubio, aponta que há necessidade dos centros "pelos patrimônios que guardam".
– A gente tem a obrigação de preservar esses lugares. É a nossa memória. A ideia da revitalização é também possibilitar que você leve os moradores de volta. É essencial a manutenção dos moradores tradicionais, mas também trazer gente nova.
No Recife, o programa Recentro, criado pelo prefeito João Campos em 2021, pretende dar novos usos a prédios vazios no centro histórico. Há na cidade, taxas de licenciamento para novas construções e retrofits das antigas, em especial as que tiverem habitação de interesse social.
O programa ainda contempla obras em avenidas importantes do Centro, nova iluminação pública, incentivos para aluguel social e eventos na área.
– A gente tem observado um crescimento nas bordas do nosso centro histórico, por meio de novos condomínios para a classe média alta, e a que a gente precisa agora é ocupar imóveis ociosos – diz Ana Paula Vilaça chefe do Gabinete do Centro, reconhecendo que o maior desafio é atrair novos moradores para a região.
O prefeito Eduardo Paes aposta em cultura e cervejarias na Rua da Carioca. Em frente estão os incentivos urbanísticos para a construção de mais moradas. As políticas fazem parte do programa Reviver Centro.
Estamos dando uma subvenção para atividades culturais apresentarem projetos de ocupar lojas vazias. Com relação à rua, a prefeitura lançou um programa de internação involuntária.
Em Porto Alegre, a revitalização vai à reforma de viadutos e avenidas, além de criação de inventivos e urbanísticos para atrair moradores e comerciantes.
Outra medida do prefeito Sebastião Melo, foi proibir o comércio ambulante.
– É uma região que tem escola, museu, gastronomia, segurança, mas não tem gente morando. São 180 que atuavam na ruas. Estou dando a eles uma de R$ 1.500 por seis meses, aplicável por mais seis, para que se tornem micro empreedores individuais.
Outra medida foi uma lei que prevê que, prédios históricos poderão ser instaladas atividades como cafeterias e livrarias. O benefício é previsto para 41 tipos de atualidades.
No Pelourinho, (em Salvador) mais de 30 imóveis estão danificados ou em ruínas. Por conta de poucos atrativos culturais, moradores foram para outros bairros e comerciantes fecharam as portas.
Segundo a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Conder), 27 imóveis entraram em um processo de seleção para serem recuperados. A fundação da prefeitura, identifica os casarões com problemas estruturais ou que precisam de reparos para reformá-los em moradias.
