Trabalho em uma escola que se esmera em exercitar a busca por um caminho que alcance as crianças, que as torne cidadãos: ESCOLA MUNICIPA...
Trabalho em uma escola que se esmera em exercitar a busca por um caminho que alcance as crianças, que as torne cidadãos: ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA DYLA SILVIA DE SÁ. Além do conteúdo, importantíssimo lógico (!), nós nos ocupamos em criar meios, estratégias para levá-los à reflexão. Somos uma equipe de profissionais que trabalha para fazer o melhor possível. Não é fácil! E nem sempre é possível. Nossa maratona é diária com todas as dificuldades por que todas as escolas passam... Ufa! Mas "desistir" é uma palavra "out" de nosso vocabulário!
Faço parte do grupo que cuida da promoção da leitura na escola. Implementamos muitas e diversificadas atividades: desde o empréstimo de livros até eventos literários. Um deles já acontecia antes mesmo de eu chegar à escola, a FLED. A FLED - FEIRA LITERÁRIA DA ESCOLA DYLA, de inciativa de minha colega de trabalho Mariana Fragali, ganhou reforço com a minha chegada e de outrra querida, a Ana Grauer, a maga das multimídias.
Estávamos juntas e mais todos os funcionários da escola e mais nossa direção e mais nossa direção adjunta e mais nossa coordenação e mais nossos alunos para fazer o "melhor possível", para que nossa feira trouxesse para as nossas crianças a experiência de uma vivência literária. E recebemos visitas ilustres que encantaram nossos alunos: a LIVRARIA ALEGRIA DAS LETRAS, a escritura Sônia Rosa, o escritor Cristino Wapichana, a ilustradora Thais Linhares... E nossa homenageada: Marina Colasanti.
Sim, Marina esteve em nossa escola. Mal pude respirar ou mesmo falar com ela de tão emocionada que fiquei. Lembrei dos contos lidos quando menina e quando comecei a conversar com ela, não resisti... Desaguei... Existia mesmo a escritora que morava dentro de mim. E ela estava bem na minha frente. E eu não tinha nenhuma palavra para dar para ela, em retribuição a todas as ideias que ela foi plantando em minha alma com sua obra. Tentava citar trechos de livros, títulos, qualquer coisa para me salvar... Mas nada. Era eu e ela e o encantamento. Desisti e parti para correr com a vida que o trabalho estava ali me cutucando.
A FLED então seguiu em suas bem traçadas linhas e sabemos que ficou longe da perfeição, porque sempre haverá maneiras de melhorarmos... Mas ficou perto de nossas crianças, viva na memória de nossas crianças, em nossos corações...
No entanto, no meio do caminho tinha uma criança e sobre ela Marina voou... Foi ao chão, completamente! Ficamos todos entristecidos, chorosos, culpados... Se fora um conto essa realidade que vivemos e se fóssemos nós os escritores, com certeza, comporíamos um novo final, onde nossa musa, teria asas delicadíssimas, como sua pessoa. As asas a fariam voar por sobre nossas cabeças e seus dedos finos desenhariam textos no ar, onde poderíamos ler respostas para o inusitado de modo poético, lírico, como só Marina sabe fazer... Só que não foi assim... E lá se foi nossa Marina de nariz quebrado, correndo pelas ruas das cidades...
Ficamos nós também com nossos narizes de encontro às vidraças, sem saber o que falar e quase esquecidos de como foi tão importante aquela manhã para nós... Quase nos esquecemos da curiosidade de nossas crianças ouvindo Cristino Wapichana, dando um "bom dia" em língua indígena, mostrando um cocar lindo de penas coloridas e nos lembrando de nós, nossos ancestrais, na história do que fomos e sempre seremos; ou da vivacidade da Thais, com seu blocão, criando imagens para as histórias que os nossos meninos iam inventando; ou de nossa brasileiríssima Sônia Rosa, com sua bolsa de narrativas, de valorização de nossa cultura... Quase deixamos de ver isso tudo e muito mais, porque também estávamos de nariz vermelho, inchado, nesse quebra-cabeças do inusitado.
Finalmente, antes mesmo que pudéssemos esquecer e para nos lembrar que a vida é mesmo imprevisível nossa musa mada um recado, enquanto refaz seu nariz... A crônica "CRÔNICA DE QUINTA: DE BICO QUEBRADO". Esse foi um final muito feliz e que nos deu a esperança de muitos recomeços...
Faço parte do grupo que cuida da promoção da leitura na escola. Implementamos muitas e diversificadas atividades: desde o empréstimo de livros até eventos literários. Um deles já acontecia antes mesmo de eu chegar à escola, a FLED. A FLED - FEIRA LITERÁRIA DA ESCOLA DYLA, de inciativa de minha colega de trabalho Mariana Fragali, ganhou reforço com a minha chegada e de outrra querida, a Ana Grauer, a maga das multimídias.
Estávamos juntas e mais todos os funcionários da escola e mais nossa direção e mais nossa direção adjunta e mais nossa coordenação e mais nossos alunos para fazer o "melhor possível", para que nossa feira trouxesse para as nossas crianças a experiência de uma vivência literária. E recebemos visitas ilustres que encantaram nossos alunos: a LIVRARIA ALEGRIA DAS LETRAS, a escritura Sônia Rosa, o escritor Cristino Wapichana, a ilustradora Thais Linhares... E nossa homenageada: Marina Colasanti.
Sim, Marina esteve em nossa escola. Mal pude respirar ou mesmo falar com ela de tão emocionada que fiquei. Lembrei dos contos lidos quando menina e quando comecei a conversar com ela, não resisti... Desaguei... Existia mesmo a escritora que morava dentro de mim. E ela estava bem na minha frente. E eu não tinha nenhuma palavra para dar para ela, em retribuição a todas as ideias que ela foi plantando em minha alma com sua obra. Tentava citar trechos de livros, títulos, qualquer coisa para me salvar... Mas nada. Era eu e ela e o encantamento. Desisti e parti para correr com a vida que o trabalho estava ali me cutucando.
A FLED então seguiu em suas bem traçadas linhas e sabemos que ficou longe da perfeição, porque sempre haverá maneiras de melhorarmos... Mas ficou perto de nossas crianças, viva na memória de nossas crianças, em nossos corações...
No entanto, no meio do caminho tinha uma criança e sobre ela Marina voou... Foi ao chão, completamente! Ficamos todos entristecidos, chorosos, culpados... Se fora um conto essa realidade que vivemos e se fóssemos nós os escritores, com certeza, comporíamos um novo final, onde nossa musa, teria asas delicadíssimas, como sua pessoa. As asas a fariam voar por sobre nossas cabeças e seus dedos finos desenhariam textos no ar, onde poderíamos ler respostas para o inusitado de modo poético, lírico, como só Marina sabe fazer... Só que não foi assim... E lá se foi nossa Marina de nariz quebrado, correndo pelas ruas das cidades...
Ficamos nós também com nossos narizes de encontro às vidraças, sem saber o que falar e quase esquecidos de como foi tão importante aquela manhã para nós... Quase nos esquecemos da curiosidade de nossas crianças ouvindo Cristino Wapichana, dando um "bom dia" em língua indígena, mostrando um cocar lindo de penas coloridas e nos lembrando de nós, nossos ancestrais, na história do que fomos e sempre seremos; ou da vivacidade da Thais, com seu blocão, criando imagens para as histórias que os nossos meninos iam inventando; ou de nossa brasileiríssima Sônia Rosa, com sua bolsa de narrativas, de valorização de nossa cultura... Quase deixamos de ver isso tudo e muito mais, porque também estávamos de nariz vermelho, inchado, nesse quebra-cabeças do inusitado.
Finalmente, antes mesmo que pudéssemos esquecer e para nos lembrar que a vida é mesmo imprevisível nossa musa mada um recado, enquanto refaz seu nariz... A crônica "CRÔNICA DE QUINTA: DE BICO QUEBRADO". Esse foi um final muito feliz e que nos deu a esperança de muitos recomeços...
Sílvia Castro
Leia a crônica "De bico quebrado"